Para quem aceita tudo o que lhe dizem como verdade

Antes de mais nada quero esclarecer que não sou ateu, sou Espírita Kardecista, e como tal acredito em DEUS sem ter absolutamente nenhuma dúvida sobre a sua existência.

Paradoxalmente encontrei em um site chamado ateus.net alguns dos melhores ebooks e textos que já ví a disposição na internet. Um deles me chamou tanto a atenção que resolvi comenta-lo neste blog, que por sinal deve ser lido por poucas pessoas, porque não procuro divulga-lo de nenhuma maneira.

O texto chama-se "falácias e erros de raciocínio", e vale a pena a ler pela análise que faz da aceitação sem raciocínio que muita gente faz de "verdades" que lhe são ditas, e confirma o nós espíritas sempre afirmamos, a melhor fé é a que encontra na razão as mais sólidas bases, e não recorre a dogmas como tantas, ou quase todas, fazem.

A seguir os dois primeiros parágrafos do texto que pode ser lido integralmente em ateus.net


Falácias e Erros de Raciocínio
Ateus.net » Artigos/ensaios » Ceticismo
Fonte: Azel´s Home Page

Segundo Othon M. Garcia, “ainda que cometamos um número infinito de erros, só há, na verdade, do ponto de vista lógico, duas maneiras de errar: raciocinando mal com dados corretos ou raciocinando bem com dados falsos. (Haverá certamente uma terceira maneira de errar: raciocinando mal com dados falsos). O erro pode, portanto, resultar de um vício de forma – raciocinar mal com dados corretos – ou de matéria – raciocinar bem com dados falsos.” (1)

De acordo com o mesmo autor, o que diferencia o sofisma da falácia, é que, embora ambos sejam basicamente raciocínios errados, a falácia é involuntária. Ao passo que o sofisma tem como objetivo induzir a audiência ao engano, o raciocínio falacioso decorre de uma falha de quem argumenta. Quem usa sofismas, sabe o que está fazendo quando, por exemplo, tenta nos empurrar uma conclusão para a qual não dispõe de dados ou demonstrações suficientes. Quem se vale de falácias, por sua vez, simplesmente se enganou.

O conhecimento do que é ou não um raciocínio falacioso certamente é um dos mais úteis que existem quando vamos analisar criticamente qualquer assunto. As falácias e inconsistências lógicas abundam em nossa sociedade e são utilizadas o tempo todo, como podemos verificar facilmente nos pronunciamentos de políticos demagogos, entre outros casos. Elas permitem que alguém faça declarações aparentemente racionais e aceitáveis sem o mínimo necessário de conhecimento ou ainda fugindo de um tema e embaraçando os interlocutores, fazendo-os se desviarem do assunto tratado. Reconhecê-las nem sempre é fácil, especialmente quando aparecem em diálogos, onde podemos acabar engolindo coisas que, uma vez submetidas a uma análise mais profunda, se revelam sem fundamento. Existem áreas, até, onde uma falácia acaba se tornando o discurso predominante pelo qual um determinado grupo se manifesta. Na área de que tratamos, a religiosa, não é demais dizer que é o campo onde mais se cometem esses erros. Portanto, não é de se admirar que determinados incrédulos sejam tão resistentes aos assuntos religiosos: eles simplesmente se recusam, e com razão, a aceitar como verdades absolutas afirmações e raciocínios que violam a própria lógica.

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